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Portuguesa,http://www.caminhosquefalamportugues.blogspot.pt/ Mulher, nascida no Feijó, concelho de Almada, http://www.umateladearco-irismargemsultejo.blogspot.pt/ Península de Setúbal, Portugal. Residir no Alentejo, Portugal Membro da Cruz Vermelha Portuguesa, sócia e socorrista(tripulante de ambulâncias e formação base), https://pensamentos-quemsomos.blogspot.com Pintora, http://umateladearco-irislilas.blogspot.com/ escritora, https://pensamentosvermelhoii.blogspot.com/ bloguer e fotografa. Autora, de mais de 150 blogues, publicados na Google. Do qual consta, as minhas historias 90, os meus desenhos 189, as minhas fotos 8992, os meus vídeos 230 Inclui também, algumas fotos do meu pai 98 fotos, quando este esteve em Goa, Índia, Em 1959/1960, em serviço militar. http://indiaportuguesaanos60.blogspot.com/ Alem das minhas publicações, nas redes sociais, Facebook, e Youtube, E os blogues Do que se fala, e Quiosque. mais cruz vermelha do qual sou membro, também tenho lugar, para publicações de outros.

PAGINA II,J K D B, um homem sem sorte,O ESPÍRITO DO GOVERNADOR,UM HOMEM SÓ, etc

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PAGINA II

J K D B, um homem sem sorte.



jkdb, caminha, pela estrada deserta, ladeada de arvores e casas, jkdb, vira á esquerda, parando em seguida, olhando,para algo, que lhe fixa o olhar.
-esta coisa, saiu da onde? eh pá, jeitosa! oh princesa! bonequinha! olha, sou o big jkdb, que raio, ignora-me? não poder ser, mulher nenhuma, ignora jkdb! vou atras dela.
jkdb, segue a rapariga que faz jogging.
jkdb, toca-lhe no ombro:
-ola duquesa! hei, cara linda!
a rapariga, virou-se, para jkdb, finalmente.
-o que se passa?
jkdb, repara então, que a rapariga, ouvia musica. com o som no maximo.
jkdb, olha-a.
- não sabia que eras mesmo, tão gira!consegues ouvir-me fofa?
a rapariga vira as costas, continuando o jogging matinal,
fazendo um gesto com a mão, que deixa jkdb, espantado.
-tens jeito para linguagem gestual, percebi-te! nem te passa pela cabeça, o que é,perderes um sorriso do jkdb.
jkdb, volta para tras, em direcção ao local onde tinha parado.
-vou finalmente voltar para casa, acho que o sitio é este? ou sera a rua de cima? se calhar é! eu não tinha cão, e esta casa
tem!
jkdb, bate na porta da casa, ignorando o cão.
-esta lá! quem mora ai?
depois de muita insistência, um homem negro corpulento , em tronco nu, abre a porta.
-o que se passa, men?
jkdb, encolhe-se:
-men! ok black, sorry, enganei-me!
o homem negro olha-o com desdém.
-bazaaaaaaaaaaaaaa!ouviste!
jkdb, recusa ate ao passeio, começando a correr, logo de seguida, ate á rua de cima.
-uffffffffffffffffff, estou cansado! ufffffffffffffff! acho que o garanhão, me queria comer, ate estou a tremer! claro a minha casa é aquela, o jardim tem ervas altíssimas, a mim ninguém me ajuda, que horror, correspondência no chão, a caixa cheia de cartas, tanta gente a escrever, para quê?
do outro lado da rua, um homem chama por jkdb.
-jkdb, hei men!
jkdb vira-se entretanto, para tras, enquanto o homem caminhava na sua direcção, o que deixa jkdb assustado.
-meu deus, o garanhão, vem ai, vai devorar-me.
o homem aproxima-se, cada vez mais.
-men, hei sou dj FG
jkdb, vira-se.
-olhando atentamente o homem negro, alto, corpulento, vestido de negro, respondendo de imediato.
-não me lembro de ti.
o homem sorri para jkdb dando mais alguns passos na direcção deste.
-vejamos, era mais magro, e trabalhava no bar tulipa roxa.
jkdb murmura, estou morto! desatando a fugir, pela rua fora.
o homem, olha jkdb, exclamando:
- enlouqueceu !so lhe ia dizer, que troquei o nome, sou o jair.
jkdb, pára entretanto, mas aquele não era dj fg, o outro era ratado e tinha o nariz grande, vou voltar.
jkdb, volta para tras, junto dos muros das casas, ficando a espreitar, por detras dos arbustos.
-não, não é aquele, ele enganou-me, que horrorrrrr! esta a ver a minha correspondencia, a mexer nas minhas ervassss! não faz mal, esta a arranca-las, se calhar era isso, que gostaria de me fazer, arrancar-me pela raiz! estou maluco ou quê! não tenho raiz! talvez puxar-me qualquer coisa, como faz ás ervas, estou a aterrorizado.
jair, parou entretanto, quando uma mulher parou junto de si.
-desculpe é o dono desta casa?
jair olha a rapariga de cima a baixo.
-sim, sou eu! deseja alguma coisinha, lady doce?
a mulher olha para jair.
-sim precisava de uma casa para alugar.
jair, arranca mais algumas ervas, olhando para a rapariga.
-eu alugo-te esta, passa por ca logo, á noite.
jair e a mulher despedem-se.
jkdb, surge entretanto ja os dois se tinham retirado.
-muito bem, arrancas-te, as ervinhas todas, lindo menino, acho que agora tambem podias limpar os vidros.
jkdb, procura as chaves de casa nos bolsos, finalmente encontra-as, abrindo a porta, entrando de seguida.
-Finalmente em casa, la esta o meu relogio do cuco, que faz barulho sempre, a dar as horas, o gravador do telefone a piscar mensagens, e mais mensagens, cartas e cartas, por falar nisso, tenho que ir busca-las.
jkdb, voltou atras, para trazer as cartas de volta, em seguida carrega no botão do gravador para ouvir as mensagens.
-sou eu, a tua pantera.
jkdg, desliga o gravador.
-pantera, estava bebada, e logo pantera, aaaaahhhhhhhhh! ja sei quem é? era aquela com o cabelo roxo, do bar tulipa roxa, a que tinha uma tatuagem de borboleta no umbigo, vou ouvir o resto! é melhor não! agora vou ver as cartas! agua, luz, telefone, esta? lixo! a dos ouvidos, tambem! a do circo, tambem! circoooooooooooo! deve ser engano!
Enquanto jkdb, mexia e remexia nas cartas, que estavam em cima da mesa, e as tirava do lixo, batem á porta.
-jkdb, quem será agora, o garanhão, não! não é! eu conhece-o, mas não sei de onde, ja me baralho, com as caras das pessoas!
Já vai! se calhar é a policia! tambem se for esperem! não vale, arrombar a porta, se não, estou lixado!
-O que se passa, o que foi agora? voces são chatos! ham! ham! o que é isto? voce saiu de onde?
Do outro lado, uma mulher respondia:
-desculpe incomodar, procuro um rapaz negro.
jkdb, olha-a, muito pensativo, encosta-se á ombreira da porta:
-sou eu fofura, gotinha de mel, queres entrar?
a rapariga olhou, jkdb:
-nao, procuro um homem negro, e voce é branco! onde esta o seu amigo?
jkdb, exclama:
-o meu amigo, foi ao supermercado, deve estar a chegar!
a rapariga, encolheu os ombros, e abalou.
jkdb, fica encostado á ombreira da porta a ve-la partir.
-que pena, não ficares para o jantar! olha! hei princesa irlandesa! como te chamas?
a rapariga, ignorou, desaparecendo, no virar da esquina.
jkdb, fecha a porta, voltando de novo a olhar o amontoado de cartas em cima da mesa, de seguida liga de novo o gravador.
-daniel! querido adorei o jantar a dois, so tenho pena que tenhas saido e eu tenha pago a conta, foi quase o meu ordenado.
jkdb desliga o gravador.
-daniel! eu? seria eu? mesmo! não paguei a conta? se calhar foi, no restaurante doooooooooooooooo, jaaaaaaaaaaa sei, jaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa seiiiiiiiiiiiiiii, o restaurante do negão, meu amigo, que mora na casa aliiiiiiiiiii, e eu pensava que era o outro! pois não paguei! acho que fui assaltado nessa noite! mas tambem que diferença faz, ele ja trespassou o restaurante!
e eu não sou daniel, mas o big men jkdb, o best, agora vou meter as cartas no lixo, porque estou farto delas, tanta carta, para quê? olha outra, esta não tinha visto, é diferente, ahhhhhhhhhh nãoooooooooooo, outra vez nãooooooooo, outra carta da policiaaaaaaaaaaaaa!
o pensamento de jkdb é interrompido, pela campainha da porta.
-outra vez! deve ser a mesma, mudou de ideias, e quer mesmo jantar e depois dormir aqui! claro! porque tem medo de sair á noite!
jkdb abre a porta, e fica pensativo! murmurando baixinho:
-ham, ham! outra! hoje são três! a estas horas, que bom, e vendo bem nada mau! mas que farra! jeitosa a mulheraça!
de seguida jkdb, levanta o tom da voz.
-ora diga la, pedaço de uva, o que deseja aqui do men, nao se servem jantares para fora, so se come aqui dentro. Como pensa fazer?
a mulher olha jkdb, respondendo em seguida:
-eu venho responder a um anuncio para ama de bebes! mas ja me apercebi que foi engano, isto é boite.
jkdb, olha-a intensamente, de alto a baixo, coçando a cabeça.
-poisssssssssss! poisssssssssssss! é! é! isso mesmo! quer dizer não é! isto, não è isso, eu moro aqui, e não tenho filhos, so filhas! muitas filhas! princesas, uvas,etc.
a mulher olhava jkdb, meio desconfiada.
-vou andando, adeusinho!
jkdb, responde, a sorrir.
-aqui ao lado tem filhos, devem ter sido eles.
num tom mais baixo jkdb, acrescentava:
-assim vestida, mais um casamento anulado, pois é! depois a culpa é dos homens! agora, que voltei a estar só, vou ler a carta da policia.
jkdb senta-se na cadeira, lendo a carta, e ao mesmo tempo olhando o gravador de chamadas, que piscava com a luz acesa.
-não sei, se oiça mais conversas, daquelas ali, se leia a carta da policia.
Vamos fazer as duas coisas ao mesmo tempo, botãozinho, ja está, agora uma dor de barriga, para ler a carta.
-guilherme precisava, que me adiantasses dinheiro, para o meu divorcio com a angelica! responde quando puderes, sou a nadia.
jkdb, olha o gravador e desliga o botão:
-dizes bem! quando puder para responder, agora não posso, estou a ler uma carta muito importante, e alem disso não me chamo guilherme, mas jkdb, e esta nadia, é quem? deve ser engano, ou talvez não! deixa ver, nadia, a nadia, a nadia, divorcio outra vez!, outra vez! outra vez! irrraaaaaaaaaaaaaaa! ja casou 7 vezes, irrrrrrrrrrrrrrra! são piores que os homens! bolas, bolas! ate estou nervoso! ja nem vejo a carta! aonde pus a carta! no lixo, claro!
Enquanto jkdb remexe no caixote do lixo, toca a campainha da porta.
jkdb, brada.
-agoraaaaaaaaaaaaaaaa, naaoooooooooooooooooooo, posso!
mas que chatice, não tiram o dedo do botão, deve ser a boazona outra vez, a pedir emprego, as mulheres não me largam agora aprendeu a carregar no botão pronto! estou feito, não quer outra coisa!
jkdb abre a porta, entretanto:
-oh, madame, tire la dai o dedinho delicado, que estou á beira de um ataque de nervos, ou coisa que o valha!
hammmmmmmmmmm! es tu escuridão!
do outro lado jair sorria com uma carta na mão.
-hei men! pareces um fantasma todo de branco, trouxe-te uma carta, posso entrar? cara linda, não me das um beijinho? pareces um bolo de chantilin, hoje assim vestido.
jkdb, olha jair e a carta.
-tira as maozinhas, e passa para cá carta.
jair deu a carta ao amigo.
-olha amor é do tribunal se fores posto na rua, podes ir para a casota do meu cão, que eu prometo, dar-te ração, e agua fresquinha, todos os dias.xau querido.
jair, saiu, deixando jkdb, muito pensativo a olhar carta.
-vou abrir, é melhor! outra vez a campainha, mas que chatice, deve ser outra vez a boazona, ou o maricas!
jkdb, abre a porta com tanta força, que arranca o trinco da porta, ficando a olhar para o que tinha na mão, e para o que o esperava la fora.
-popopoliciiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, que estou a fazer xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, nãoooooooooooooooooooooooooooooooooo
do outro lado a policia sorria para jkdb, de pistola em punho.
-levanta os braços, que tu não és de confiança!
Uma mulher intervem:
-eu sou do tribunal, a sua casa esta penhorada, pelo não pagamento, das prestações! viemos acompanhados da policia, para selarmos a casa, depois do senhor jimy sair.
jkdb, saiu, com os braços levantados, deixando para tras a policia, e o funcionário do tribunal, perante um aglomerado de pessoas, que paravam para ver, o que se tinha passado.
jkdb, segue a estrada, pensativo, uma mulher passa por ele e sorri, dizendo logo de seguida:
-então cowboy, puseram-te na rua? big men!
jkdb, pára, e olha-a.
-olhaaaaaaaaaaa! é a louraça, que ouvia musica, oh! fofura! estou sem casa, olha! escuta! não posso dormir na rua, que me constipo, as noites já são muito frias!
a rapariga, respondeu-lhe:
-tens que me acompanhar no jogging, costumo fazer dez voltas ao quarteirão!
jkdb, parou, e sentou-se no chão.
-então faça, la essas voltinhas todas, que eu espero aqui, para dormir consigo, hoje á noite.
a rapariga agachou-se, para apanhar qualquer coisa, e atirou, para cima de jkdb, que responde de imediato.
-estúpida!!! não tinhas mais nada, para me dar, que cócó seco, de cão, malcriadona! podias, ser mais boazinha, com um mendigo, como eu, sozinho e abandonado, e muito doentinho.

ana paula alberto caldeira 26-08-10

O ESPÍRITO DO GOVERNADOR




Naquela manhã de inverno, simão, acordava com o barulho da avalanche, de neve.
Meio sonolento, levantou-se, dirigindo-se á janela, ali mesmo em frente, espreitando, nos vidros, e em seguida, pelas frestas de ripas ,da outra janela, de madeira, estava pasmado, a olhar, em redor.
simão:
-Eh! tanta neve! e agora? como saio daqui? pela janela, do sótão?pois! talvez? e será, que consigo sair, por lá?
simão subiu a escadas de madeira, e dirigindo-se, a outra janela, mais pequena, que estava no sotão, da casa de pedra.
-Que grande avalanche de neve? ate posso sair por aqui, e ir ver o que se passa, la em baixo, porque parece, que o tecto da cabana, onde esta o carro, cedeu!
vou sair, e ver como estão as coisas, por ali.
simão saiu de casa pela janela do sotão, descendo pela montão de neve, que se aglomerava.
-não acredito! a capota do carro amolgada, o tecto cedeu, hummmmmm! gemidos! aonde? dentro do carro? estariam a assaltar o carro, quando foi a avalanche? hummmm! os gemidos, outra vez, parece dali, detrás da casa?vou voltar para dentro! Mas, tenho que socorrer a pessoa! não! não tenho, se for um urso! e se for um urso?
simão, avança ate ao local de onde vinham os gemidos, e respira de alivio.
-ufffffffff, é uma pessoa, hei!hei! esta a ouvir-me, ha esta!estou a ver a sua mão a mexer, eu vou ja ai, vou tirar-lhe a neve de cima.
simão, com as duas mãos, tira a neve, que tapava o corpo de um homem.
simão:
- então amigo! ja esta melhor? consegue levantar-se? como se sente?
o homem, responde:
-obrigado, ajude-me a levantar, porque estou a ficar gelado! depois logo vejo, como me sinto!
simão ajudou o homem, a erguer-se.
simão, fala com o homem:
-vou leva-lo para casa, talvez se sinta melhor?
o homem:
-como? você tem a porta bloqueada de neve?
simão olha o homem que ja se levantara, e dá os primeiros passos, na direcção da estrada.
simão, segue-o:
-Hei! para onde vai? pode ter que ir ao hospital!
o homem, segue a estrada, e responde:
-Não se preocupe, sou medico!
simão:
-Hei! como se chama?
o homem:
-napoleão bonaparte.
simão fica parado junto da beira da estrada, a olhar o homem que cambaliava.
-coitado! não vai bem! mas ele é que sabe, tentei ajudar mas não quis, vou tirar a neve da entrada da porta, e ver também ,como ficou, o meu carro.
simão limpou a neve, que rodeava a casa, o mais que pode.
Um objecto no chão, fixa o olhar de simão.
-Uma coisa ali? parece uma carteira! deve ser dele? deixa ver!, , vejamos! o que esta aqui, neste molhe de cartões, e fotos! marco guariny, italiano, advogado, algum dinheiro, cheques, numeros de telefone, vou guardar, e tentar saber, mais sobre este homem, misterioso, porque se não é! parece!
Vou para dentro, ja esta a nevar outra vez, e o meu carro, com a capota amachucada, vou acender o lume, e ficar a estudar este caso, como se eu, percebe-se, alguma coisa disto.
simão é interrompido, pelo bater da porta, que abre entretanto.
-sim, diga?
do outro lado, uns homens:
-desculpe incomodar, mas soubemos que houve por aqui uma serie de avalanches de neve, e viemos ver, se houve problemas?
simão:
-sim houve! o meu carro, ficou naquele estado, e estava um homem, meio subterrado, na neve!
os homens:
-Nos passamos, por aqui, mais logo, e ajudamos a tirar a neve, levamos, o carro, rebocado para baixo! se quiser, claro?, ah! e o caso do homem, resolveu? onde esta o homem?
simão:
-Eu trato disso tudo, obrigado. Em relação ao homem pareceu-me, assim, assim, mas abalou, disse que era medico, e que não precisava de ajuda.
os homens, olharam uns para os outros:
- esta bem, ele é quem sabe, vamos andando, para saber como estão as coisas, ali mais para a frente, deixamos o nosso contacto, se precisar de ajuda, diga! porque ja esta a nevar outra vez! e mais para a noite, deve ficar pior!. Passe bem, amigo, não hesite, em contactar-nos! estamos disponiveis, para o que for preciso!
os homens abalaram para cima, pela estrada.
simão entrou, e voltou aos documentos:
-olha estúpido! tinha entregue os documentos, a estes e pronto,e, ia embora para a minha ilha.
simão no dia a seguir, fez as malas e partiu para a cidade, ficando ainda uns dias num hotel.
Numa mesa ao lado, onde tomava o pequeno almoço, uma conversa, chamou-o atenção.
-ola! la vem a tal mulher, que diz, que aparece o espirito do governador, la no cimo do cabeço do urso, e o mais caricato, é que aparece, sempre onde morreu, na avalanche.
simão, estava pasmado, a tal ponto, que as duas mulheres, repararam, no simão:
-hei! sente-se bem? você esta palido! o que se passa?
simão:
-onde fica esse sitio?
as duas mulheres:
-o cabeço do urso? fica depois, da cabana, do covil da Onça, ou seja, a casa de pedra.
simão:
-Ahhhhhhhhh! que alivio!
simão murmuro:
-não era aquele, que eu vi, mas se calhar, tambem foi ver, se via o outro? vou telefonar ao andrade a dizer, que ja não quero a cabana da serra, ou a casa, ou, o que quer, que seja aquilo!
simão dirige-se para a saida do hotel, pegando em seguida no telemovel.
simão:
-estou! andrade? sou o simão, olha? é, para te dizer, que ja não quero a casa da serra, porque aparece um fantasma, ali perto!
andrade:
-simão? calma! sentes-te bem? é uma pena, que tenhas voltado a beber! mas tudo bem! eu devolvo-te o dinheiro! ao menos consegues dizer-me, onde estas?
simão:
-não voltei a beber! estou no hotel, pedra azul! e aconteceram coisas muito esquisitas, é melhor vires, ah! ja me esquecia, morreu algum governador por aqui?
andrade:
-sim morreu, á quinze anos, mais ou menos isso! porquê?
simão:
-como se chamava?
andrade:
-marco guariny, era italiano, porquê? o que se passou? simão, estou simão?simaaaaaaaaaaaaaaaaao! simãoooooooo!
simão, olhava o telemovel, e a estrada, que seguia para a cabana da serra, onde simão havia dormido uma noite.
simão entretanto, responde ao amigo:
-andrade, eu ja não bebia, mas vou voltar a beber, e é vodka, é melhor vires.
simão desliga o telefone,subindo, a estrada ate á casa, não muito longe dali, uma mulher interceptava, simão.
-hei! hei!
simão virou-se:
-sim! diga?
a mulher olhava simão e sorria.
-tambem veio ver o espírito, do governador?
simão olho a mulher, fugindo em seguida, a meio da estrada parou, voltando para tras.
-mas que palhaçada! eu fugi de um espírito? pareço um doidinho! oh minha senhora! vamos la ver, onde esta essa coisa, do governador? minha senhora? onde esta? minha senhora? mau! mau!mau!
finalmente, a mulher respondeu:
-estou aqui! não faça barulho!
simão dirigiu-se á mulher:
-então! ja viu a coisa?
a mulher:
-não! mas dizem que aparece aqui! onde estou! aqui a falar consigo, eu gostava, de o ver!
simão:
-esta bem, fique á vontade, eu vou para baixo.
simão, desce a estrada, quando se cruza com andrade, que entrava para o hotel.
andrade:
-Simão, ca estou eu, e trouxe o dinheiro.
algo estranho interrompe os dois amigos.
-desculpem! mas eu vi! eu vi! estava ali!ali! ali, em cima, era uma sombra, depois fechei os olhos, e senti um bafo, e depois uma lufada de ar fresco, passos, e quando abri os olhos, ja não vi nada, mas, era o espírito, do governador era! de certezinha, absolutaaaaaaaaaaaaaaa!
simão e andrade, olham um para o outro, simão corre pelo hotel dentro, so parando no terraço do hotel, 8º piso.
andrade, vê o amigo a correr, foge tambem, mas para a rua, deixando a mulher pasmada a olhar.
a mulher:
-o que foi que eu disse? ou, o que não devia, ter dito!
simão e andrade, voltam finalmente, cruzando-se na portaria do hotel.
simão:
-andrade! ja acertei as contas, com o hotel, vou embora, o carro fica ai, para poder ser arranjado, estão aqui os documentos que encontrei na neve, quando salvei o outro homem.
andrade:
-esta bem, entregam-se no hotel, eu tambem vou embora, para mim, chega!
andrade, entrega os documentos, ao empregado do hotel.
-david! estes documentos foram encontrados, numa avalanche, entrega-os á policia, parece que abriram um inquérito de novo sobre o desaparecimento do governador? se quiserem falar comigo estou em monice, nos meus escritórios.
david, aceitou-os, retirando-se em seguida.
andrade sai do hotel, enquanto simão aguardava pelo taxi.
Meses depois, o inspector da policia contacta o andrade.
-dr andrade pecisava de falar consigo, sobre a carteira dos documentos, do governador, foi reaberto o inquerito inicial, porque surgiram novas provas, esta disponivel? para falar sobre isso?
andrade :
-claro que estou, mas, vou telefonar ao deputado, simão coches, para o por a par da situação, porque foi ele que encontrou a carteira.
andrade, liga para o simão, para o alertar, do que se passa.
-simão! o inspector lucio telefonou, entra em contacto com ele.
simão:
-ok, vou ligar-lhe.
simão liga para o inspector.
-inspector! sou eu o simão barkys? estou a ligar-lhe, para falar-mos sobre a historia da carteira, do governador!
o inspector:
-como esta! deputado! agradecia de facto que viesse ate aqui, para falar-mos melhor, porque foi reaberto o inquerito do desaparecimento do governador.
simão e o inspector, marcaram, para o dia seguinte, o encontro na policia de investigação.
Simão desloca-se, ao gabinete de investigação, conforme o combinado com o inspector.
Ja no gabinete os dois homens, conversam, sentando-se em seguida, nos sofás, numa sala ao lado do gabinete, o inspector, iniciava, o tema da conversa:
-deputado! como teve acesso, á carteira do governador, ou seja, o que o levou, ate aquele local?
simão, explicava, o porquê, de ter ido ate aquele local.
o inspector:
-pois, isso ja nos sabemos, e não ha duvidas nenhumas, nisso.
em relação ao episódio do espírito que a outra senhora, alega,ter visto, e do qual o deputado, tambem se referiu, é pura ficção, fique descansado.
Infelizmente, houve pessoas, que acreditaram nisso, fazendo o mesmo que ela, fechando, os olhos,etc, e quase, foram devoradas, por ursos.
Agora deputado, so mais um pergunta, descreva-me o homem que estava no gelo, depois da avalanche.
simão:
-o homem tinha uma estatura media, olhos claros, cabelos grisalhos, e cocheava.
o inspector, levantou-se imediatamente:
-comooooooooooo! cocheava? mais , quero mais, maissssssssssssssssss.
o deputado, calou-se, perante o olhar do inspector.
simão levanta-se:
-sim! cocheava! tentei ajuda-lo, e ele disse que não precisava, que era medico, e chamava-se napoleão bonaparte e desapareceu.
o inspector, acende um cigarro:
-Não sei, se sabe, como ele desapareceu, mas eu conto-lhe: vejamos! naquele dia, naquela casa, que era dele, na altura, o carro, estava estacionado, ali. Quando,uma avalanche, projectou o carro, para uma ravina. Sempre se supos, que ele estava la dentro, mas á duas semanas, encontrou-se o carro apos, buscas intensas, á zona, da cabana, porque havia suspeitas que estaria vivo, ou o seu corpo, poderia ter sido levado, por alguem.
E pelos vistos esta vivo. Deputado, fala-me mais sobre esse homem, que viu.
simão:
-inspector, foi tudo muito rapido, porque ele não me deu hipótese de falar com ele, nem ajuda-lo sequer, e isso tambem me pareceu, que encondia alguma coisa.
Mas vejamos, casaco alcolchoado verde seco, botas de montanhas, pretas ou castanhas escuras, cabelo grisalho, ja tinha dito! cocheava, olhos azul, esverdeados, calças ganga, acho que foi so isso! parecia-me muito nervoso, desapareceu, na estrada numa manhã humida, o céu, com muito nuvens, um frio tremendo, e estávamos, em novembro!
o inspector acendia outro cigarro, enquanto o outro, ainda continuava, a arder no cinzeiro.
O inspector:
-não ha duvidas! o gajo esta vivo! desculpe a expressão! deputado!
simão:
-não faz mal! posso ir embora? tenho assuntos importantes, a resolver, no meu partido.
o inspector:
-claro que sim! sr deputado! obrigado, pela ajuda, e pelo tempo que perdeu com isto! agora o resto, é connosco.
Depois de sair, o deputado, ainda volta atras:
-inspector? tem um trabalho árduo, pela frente? a estas horas, deve estar em italia.
o inpector:
-talvez tenha razão, deputado! talvez! vamos procura-lo, porque no carro não estava, nem ha vestigios que tenha estado, iremos falar com a familia, para os por a par, da situação, vamos conversar todos de novo, sobre este assunto.
Meses depois, andrade liga para simão:
-simão, tenho novidades, sobre o teu carro desportivo, e sobre o governador.
do outro lado, simão sorria:
-do carro ja sei, ja o vendi, e comprei outro! agora do resto não sei?
andrade:
-carro novo, outra grande marca, suponho! em relação ao resto o inspector ligou-me, e tambem te ha-de ltelefonar, a dizer alguma coisa, sobre o caso do governador, porque os familiares dele, mandaram encerrar o processo, mesmo sabendo da hipótese, que ele esteja vivo!
simão:
-hum! estranho? esta bem, obrigado!
simão, liga para o inspector:
-inspector? sou eu simão? como vai?
do outro lado, alguem respondia:
-estou? quem fala? ahhhhhhhhhhhhh! deputado! como está? diga?
simão, o deputado:
-inspector como esta o caso, do governador?
o inspector:
-arquivado! a pedido da familia, estão fartos de tanta historia em volta do desaparecimento do familiar deles, e depois a outra senhora a dizer que o via, afinal não era bem assim, eram, os ursos a atacar, algumas pessoas, que se deslocavam ao local, pensando ve-lo, e fazendo como ela, fez! enfim! acabou o processo do governador. Outra coisa, deputado, sabe o que se consta, por aqui, pela cidade?a seu respeito?
simão, muito admirado, responde:
-Não! diga?
o inspector:
-consta-se, que o proximo governador, será o senhor deputado! o que acha da ideia?
simão, desliga o telefone:
-va gozar, com a sua tia!
o telefone, toca de novo, e o deputado atende:
-estou! quem fala?
do outro lado:
-deputado?sou eu o inspector! a chamada caiu, á pouco! mas não me disse, o que acha da ideia, de se dizer pela cidade, que vai ser governador?
o deputado:
-inspectorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!, eu não acho nada, ouve uma troca de cargos, ai na cidade, trocaram os nomes, não governador, mas ministro! passe bem! simmmmmmmmmmmmm! com licença!
simão desliga o telefone em seguida:
-uffffffffffffff, bolas, que gente! governador? eu! era só o que faltava!

ana paula alberto caldeira 21/07/2010



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UM HOMEM SÓ


Caminhou pela estrada, por fim sentou-se, mesmo ali, olhando o horizonte.
Ergue-se de novo, entrou pelo campo, de ervas secas do calor do verão abrasador, subiu uma pequena rocha, e sentou-se de novo.
-olha! que bichito, engraçado! será o quê? que orelhas tão grandes! será que consigo chegar mais perto? não, ja percebi, que não, pronto esta bem! vou-me embora.
Caminhou, alguns instantes, entrou numa casa, e deitou-se numa cama.
-Que bom voltar aqui de novo! entre! parece que bateram á porta? Ah! não, foi o vento a fecha-la, comer em cima da mesa, esteve cá gente, deve ter sido a antonieta, que trouxe o almoço, estou a pensar, aquele bicho de orelhas grandes, não era coelho, devia de ser é raposa! estou a lembrar-me agora aquela cauda grande, cor de mel.
O homem adormece, na cama, e antonieta vem de novo.
-Este homem!, este homem! porque não vive no casarão, o que que ele vê, aqui? que loucura! mas que loucura! outra vez aqui metido.
Naquele dia escurecera, e o homem ja não saiu mais de casa, de manhã, antonieta, bate á porta:
-tiago!tiago!tiago! o melhor é desistir, não quer sair daqui, deixo aqui o saco com as coisas, quando abrir a porta, repara.
antonieta, desce o vale, em direcção, ao casarão, que estava perto de um lago.
tiago, levanta-se, o sol entra por uma fresta da janela de madeira, onde uma pequena aranha, esta pendurada da teia.
-esta frio aqui dentro, refrescou esta noite! será que hoje la esta a raposa outra vez? tenho que escrever no livro.
tiago, ergue-se da cama, caminhou em direcção á porta, roda a chave, na fechadura, abrindo a porta de seguida.
-Ah! temos comer, roupa, vinho, caderno, lapis, caneta, telemovel? telemovel? para quê? a casa tem telefone, fixo!, o que haverá mais? hum! hum! hum! rebuçados de cafè! optimo! optimo! que maravilha, é dos que eu gosto! e! mais? meias, meias? enganaram-se! isto! eu não uso! disto!
tiago, levou o saco com as coisas, para dentro fechando a porta de seguida.
-não, meias de mulher, não! aonde tem a cabeça? vou ligar, para lá! ora telefone, onde esta? há, aqui! iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!! tanto pó! tchim! tchim! tchim! é melhor ser pelo telemovel! numero de casa? onde pus o papel? não sei de cor! mas que chatice, tem que trocar as meias! eu não visto, isto, e alem disso, preciso de meias.
Naquela manhã, tiago ja não ligou para lado nenhuma, segiu o caminho em direcção ao lago, que ficava, perto da sua casa.
-de facto, a minha casa é lindissima, vista deste lado, o lago parece não ter fim, mas termina ali, depois daquela ilhota dos pessegueiros, mais conhecida, pela ilhota dos montinhos, montinhos de terra das toupeiras.
olha, esta aqui, o barco, vou remar, até lá, á muitos anos, que
não vou á ilhota dos montinhos.
tiago entra no barco, e segue remando, até á ilhota, antonieta, da varanda do casarão, observa-o.
-masssssssss!, o que é aquilo, o barco do tiago, em direcção á ilhota! que estranho, quem teria a ousadia!! se ele sabe! vou buscar os binóculos dele! não vou chamar a policia, evadiram propriedade privada, e vão roubar o barco.
Antonieta, segue o barco atraves dos binóculos, com o telemovel na mão, marca o nº pensando ser da policia, do lado de lá:
-sim! em que posso ajudar, diga-me o que sente, o que se passou, onde está? estou? desmaiou, vou tentar,saber onde está!vou mandar uma ambulancia, diga-me onde se encontra! como se sente?
antonieta, muito assustada olha o telemóvel:
-esquisito! liguei para onde?
do outro lado:
-diga alguma coisa! não brinque com coisas serias! ouviu? vou desligar! tenho mais pessoas em linha.
antonieta, olha o rumo do barco:
-hummmmmmmmmmmmm! vai para a ilha dos corvos! hummmmmmmmm! corvos? nãaaaaaaaaaaaaaa! pessegueiro! hammmmmmmmmmmm! aqueleeeeeeeeeeeeeee! aqueleeeeeeeeeeeeeeee! é oooooooooooo! poissssssss! claro! o tiagoooooooooooooooo!ai meu deus, uma lanchaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! na direcção dele? e agora estão a conversar! e a tirar coisas da lancha, para a ilhota! ja não quero ver mais nada! acabou, ainda bem que não telefonei para a policia.
antonieta retirou-se, muito pensativa.
Tiago, volta com o barco, mais a lancha.
tiago:
-jocas, amanhã levamos enxadas, e estrume, e plantamos aquelas arvoresinhas, agora espero é que aquilo que trouxeste, afaste as toupeiras da ilhota, porque como sabes é so montinhos, mais logo vamos lá na tua lancha, arrumar as coisas
jocas, abanou a cabeça, voltou de novo á lancha com um saco:
-olha, amigo, trouxe um peixinho, para o nosso almoço, la em cima.
tiago e jocas, sorriram, antonieta ja por perto observava-os.
tiago:
-jocas, quando saí, com o barco, não pensava, encontrar-te, por aqui.
jocas:
-eu disse-te que quando tivesse as arvores, e as tais coisas para as toupeiras, aparecia! tenho andado em obras, no castelo, tens que la ir um dia, esta muito bonito.
antonieta:
-por aqui jocas?
jocas:
-vim visitar o tiago!
antonieta:
-então seja bem vindo!
Os dois amigos, seguiram para o casarão.
Depois do almoço, antonieta, surge:
-posso servir o café! na sala da estufa? comendador?
tiago:
-pode servir o café, sim! tire, o comendador, á ja me esquecia, o tiago trouxe um peixinho!
jocas, olhava antonieta e tiago, antonieta retirou-se:
-concerteza, tiago!
tiago:
-antonieta? desculpa, mas tu sabes, que dispenso, a palavra comendador, eu sei que sou, mas querida eu sou um homem simples, e não é esse titulo pomposo, que me ofereceram, que me faz feliz, eu ja era feliz, e continuo a se-lo, logo isso, não me influenciou, em nada.
antonieta:
-o tiago é um homem bom, que tem feito muito pelos pobres e oprimidos, homem de grandes causas, sempre solidario, que deus o conserve assim, por muitos, e muitos anos.
Jocas:
-não se esqueçam do peixe, á, outra coisa, vai haver uma festa domingo a noite, no castelo, faço aqui o convite, e tenciono envia-lo, mas ja sei, que não vão.
antonieta, retirou-se, e tiago, respondeu:
-joquinhas, ja sabes a resposta! mas se precisares de mim, sabes, onde me podes encontrar, alias todos sabem, onde me refugio.
jocas retirou-se, tiago e antonieta olhavam-no, tiago.
tiago:
-antonieta, se calhar vou á festa!
antonieta:
-tiago, duvido.
enquanto antonieta olhava tiago e respondia, este olhava o lago.
tiago:
-lembras-te do tempo em que o lago cisnes? o meu avô levava-nos a passear de barco, ate ao castelo, que é hoje do jocas, e tambem era nosso.
antonieta:
-lembro-me, dos cisnes, e do castelo, mas do seu avô, não me lembro! alias aquele castelo era onde o seu avô, morava!
a propósito dos cisnes, ainda há por ai!
tiago:
-pois há mas é la mais para cima do lago, porque os gansos correram com eles.
antonieta:
-quem é que trouxe os gansos?
tiago:
-ofereceram-nos ao meu pai, ainda pequenos, e por aqui ficaram.
tiago esfrega, as mãos, e segue em direcção da porta que dá acesso, para a escadaria, que termina no hall de soalho de pedra, antonieta segue-o, este continua a conversar com ela.
-Vamos buscar o peixe, e há, outra coisa, que não sei, se sabias, este casarão, é o resto de um castelo, agora vamos sair por aqui, e vamos até á ilhota dos montinhos.
antonieta, abanou a cabeça, e seguiram os dois, na lancha, do jocas, ate á ilhota dos montinhos.
antonieta e tiago, ficaram por ali, percorreram, a ilhota.
tiago:
-antonieta? ja viste tudo?
antonieta:
-sim! a ilhota é maior do que eu pensava, nunca aqui tinha estado, tem de facto muitos montinhos, e pessegueiros, deve haver muitas toupeiras por aqui!
tiago:
-sim! existe muitas! vamos, temos de entregar a lancha ao jokas.
antonieta, e tiago seguiram para lancha, regressando de novo, para terra.
antonieta:
-vai ficar no casarão?, ou vai para cima?
tiago amarrou a lancha, e de cabeça baixa, esclamou:
-vou para cima, tenho que acabar o livro! estou a escrever um livro!
antonieta deu uma gargalhada:
-pois, logo vi, que havia misterio! pois porque o estar só, é normal em si, mas tanto tempo, tinha que existir alguma coisa por detras! e ja agora como chama o livro?
tiago:
-a ilha dos montinhos e o comendador.
antonieta, baixou a cabeça, enquanto tiago, a olhava.
tiago:
-antonieta vais embora?
antonieta:
-ate amanhã, conde!
tiago:
-nnnnnnnnnnnnaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! tiago!
antonieta:
-gosto do titulo, é a sua biografia, e vai ser um sucesso de vendas, tal como o outro, ultimo, o voo da aguia.

26/11/2009 ANA PAULA ALBERTO CALDEIRA

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Miraldina e as suas amigas



sousa da sousa, era casado com miraldina, á meia dúzia de anos, conheceram-se num espectáculo de strip tease masculino, quando miraldina, foi com as amigas, divertir-se. e o homem, que se despia, era sousa da sousa.
sousa da sousa:
-temos jantarada? Filha?
sousa da sousa, bradava da casa de banho, onde lavava as mãos.
miraldina, assava as sardinhas na varanda, e ja tinha os rolos na cabeça, a fazer caracóis, sousa da sousa, gostava de a ver, com o cabelo encaracolado, miraldina não ouviu, sousa da sousa, a chama-la.
a campainha toca, e sousa da sousa, vai ver quem, é, espreitando, entretanto, pelo óculo da porta.
-olha! logo vi! o chicharro! da lagoa, o que é, que ele quer?
sousa da sousa abre a porta.
-olá, marcelino das bogas? o que é, que foi agora? não me digas, que te engasgas-te, outra vez, com uma espinha de sardinha, daquelas, da barriga?
marcelino, virou as costas, logo de seguida, a resmungar:
-la, estas, tu! de novo! nunca mais, cá venho! agora é que é! de vez!
sousa da sousa, fechou a porta, e foi á varanda.
-então, caracolinhos, ja queimas-te as sardinhas? ou ainda estão cruas?
miraldina, olhou de esgelha, para sousa da sousa, e pega na vassoura, sousa da sousa, volta para a cozinha, e fecha a porta á chave.
ficando a espreita-la, por de trás do vidro, a fazer gestos com as mãos, miraldina, irritada, pega na vassoura, e tenta abrir a porta, que estava, fechada, á chave.
miraldina:
-olha! cão rafeiro! levas uma vassourada! que vais, a ganir, para a casa, da tua mãe, ouvis-te?
marcelino, estava na varanda, e começou a rir-se, exclamando:
-da-lhe! miraldina! da-lhe! chega-lhe! a roupa ao pelo, que ele precisa!
miraldina, vira-se para marcelino, respondendo:
-olha! cobra nua! oh! te calas, ou! ponho-te o ensaime, do cão são bernando, do vizinho russo! ouvis-te?
marcelino, abanou a cabeça, e retirou-se da varanda, para a cozinha, da sua casa.
sousa da sousa, abriu a porta, entretanto:
-olha, linda! enquanto discutias, com o lulas cozidas, telefonou a tua amiga , fifia.
miraldina, fica muito espantada, e interroga, sousa da sousa:
-ham!, minha amiga fifia? não tenho, nenhuma amiga, fifia!
sousa da sousa, coça a barriga, e em seguida as costas:
-olha, não sei, se não é fifia! se calhar é fufia! olha, é aquela, que não gosta de homens!
miraldina, tira os rolos da cabeça, e atirou com eles, para cima do sousa da sousa.
-estupidooooooooooooo! irra! irra! cada vez, és mais burrrrrrrrrrooooooooooo! porra! não mudas! nada! Nunca! a partir de hoje! não vês mais filmes, depois da meia-noite.
sousa da sousa abanou a cabeça, e foi para o quarto.
miraldina ajeitava o cabelo encaracolado frisado com os rolos térmicos, a campainha da porta toca.
miraldina:
-quem será? vou espreitar pelo oculo.
miraldina, sorri quando abre a porta.
-olá! vizinho bladimir? tudo bem? entre, entre.
miraldina sorria e ajeitava o cabelo, para o vizinho, quarentão, russo.
bladimir:
-Nom! Nom! Nom! so vim aqui, para dizer, a ti, que marido teu, ressona, que nem um morteiro russo, ou se cala, ou não sei.
miraldina, ficou muito seria, mas não respondeu, bladimir, sorriu, para miraldina, fazendo-lhe uma festa na cara.
miraldina, olhava para o russo, toda sorridente, quando aparece, sousa da sousa.
-olá, croata! ai! não! russo, por aqui?
miraldina, revira os olhos para sousa da sousa, que imediatamente dá meia volta, e volta para o quarto.
miraldina, sorri para o bladimir, que revira os olhos para sousa da sousa.
bladimir:
-oH! miralda, tu marido!ser piroso! párece maluquino!
miraldina, disfarça:
-oh! bladimir, vou combinar uma festa, as minhas amigas, todas, posso convidar-te? podes trazer a tua mulher?
sousa da sousa ouvia a conversa, detras da porta.
bladimir:
-si, si, si, eu nao ter muler, tu teres mutas amigas? isso ser bom!para mi, eu precisar de muler!
bladimir sorri para miraldina.
miraldina, pega no braço do bladimir, e leva-o ate á porta.
-esta bem! depois combino tudo contigo.
miraldina fecha a porta em seguida, na cara do russo.
sousa da sousa:
-miraldina, temos que arranjar casorio ao bladimir, com uma amigas das tuas, só não sei, se com a viuvona, que ja despachou uns sete, ou com a roro, que ja vai, com o quinto marido, mas, miraldina, para mim, a solteirona bobo, é um espectaculo! agora so falta uma, é fifia, mas essa, não gosta do bladimir, so gosta da xuxu, do lado, que leva as noites agarrada ao varão do bar, “boa noite”.
miraldina, revira os olhos, para sousa da sousa.
-irra! sousa, irra! mas que mal, te faz, a alexandrina?
sousa da sousa, coça a testa, e a barriga, descendo a mão, ligeiramente, para baixo.
-ainda não percebi! sim! não percebi, porque não gostas, que diga, que a fifia, é fufia!
miraldina, atira com o ultimo rolo do cabelo, á cabeça, de sousa da sousa.
sousa da sousa:
-aiiiiiiiiiiiiiiii! porra! miraldina! outra vez! na testa!
miraldina:
-amanhã, telefono, a combinar os detalhes, e depois, fazemos assim! tu fazes os bolos, e eu, os pasteis! o que achas?
sousa da sousa, olhava a testa, no espelho, da casa de banho.
sousa da sousa:
-miraldina sabes o que estive a pensar? vamos apresentar a bobo, ao bladimir, assim fica entretido! o que achas?
miraldina, olha, para sousa da sousa.
-a bobo, é artista de filmes porno? se enganas o russo, ele da-te na cara!ouviste? baixinho?
sousa da sousa, vestiu os calções, calçou os chinelos, e foi mesmo assim, em tronco nu, a casa do bladimir.
sousa da sousa:
-espero que o polaco, esteja cá! aiiiiiiiiiii! não! bolas! bolas! bolas! o tipo! é russo!gaita!que coisa! ora! a, campainha, será aqui! pois! é isso! mesmo!
bladimir, abre entretanto, mandando entrar, sousa da sousa:
bladimir:
-então! que queres?
sousa da sousa:
-a miraldina, tem uma mulher boa para ti? quer dizer, é gira, tem umas grandes? percebes! e um granda, percebes?
bladimir:
-percebo! eu gostar de mulher assim! boa!,assim como tua! como chama-se?
sousa da sousa:
-mau! Olha lá! tem uma coisa! não te zangues! em tempos, fez filmes, porno!
bladimir:
-quem? Tua muler, ou outra, e, como chama-se?
sousa da sousa:
-ham! os filmes? não sei! mas ela sabe!
bladimir:
-não, estupido! a muler!
sousa da sousa:
-ah! a mulher chama-se, bobo.
bladimir, começa a rir-se, sousa da sousa, fica muito serio, a olhar para ele.
bladimir:
-bobo! bobo! ser meu cão, que ficou na russia! sousa, vai-te lixar! hoje eu não ter vagar, para tuas anedotas! sai! sai! Vá! Sai!
sousa da sousa:
-pronto! eu saio! mas, vamos fazer uma festa, as amigas da miraldina, vem todas, esperamos, que venhas.
bladimir:
-sousa, se foram todas de filme porno, eu ficar, com elas todas e leva-las, para russia, sousa? tu conheceres, a tua mulher onde?
sousa da sousa:
-pronto, acabou a conversa, e, não há festa para ninguem, passa bem.
bladimir:
-tras a bobo, e eu faço uma festa, aqui! com ela, e, meus amigos russos, e amigas de miraldina, tu trazes comer, mais a tua mulher, e festa, faz-se aqui!
sousa da sousa, mal teve tempo para respirar, quando miraldina surge, entretanto:
-bravo, bladimir, concordo plenamente, fica combinado.
bladimir, sorri, para miraldina, e sousa da sousa, intervem.
-pronto! ja esta tudo resolvido, vamos para casa! miraldina! miraldina! vamos para casa.
miraldina, sorrria para bladimir, o que deixa sousa da sousa irritado.
-miralllllllllllllllldinaaaaaaaaaaa!. vamos para casa! ja! segue, á minha frente.
miraldina, obedece, a sousa da sousa e segue á frente dele, bladimir, espreita, miraldina, a subir as escadas, miraldina, vestia uma saia, muito curta o que desperta a atenção de bladimir.
sousa da sousa e miraldina, foram para casa.
sousa da sousa:
-miraldina! as tuas amigas, e os amigos do russo, vai ser uma farra, daquelas como antigamente! lembras-te? passavamos, o resto da noite, e o dia, na esquadra! porque estavamos bebados, e faziamos barulho aos vizinhos.
miraldina:
-e tu, aos tiros, as arvores, do fernando cocho!, mas, esta festa, vai ser diferente!
a festa realizou-se, e foi realmente como sousa da sousa tinha dito, veio a policia, e foi tudo para a esquadra, o que parecia, uma noite calma, para os policias, torno-se, um pesadelo.
sousa da sousa:
-isto! isto! foi denuncia! e! foi de certeza, o ze da bogas!
miraldina:
-não é ze da bogas! é marcelino das bogas!
sousa da sousa:
-ora! que diferença faz! é bogas! boguinhas! não presta! nunca mais, se fazem festas, com as tuas amigas, porque, é sempre, isto! nem com russos! os amigos dele, e ele, não tiravam os olhos, de cima de ti!
Miraldina:
-olha! Se tu, não começasses, aos tiros outra vez, ás árvores do Fernando, isto não acontecia.
sousa da sousa, virou as costas, e veio para a rua.
Depois de muitas horas, de interrogatório, la foi tudo, para casa.

ana paula alberto caldeira 23/08/09


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A CASA VAZIA



Sentou-se sobre uma pedra, na beira do caminho, era fugitiva, mais uma vez.
olhou a paisagem, a casa já não estava longe, falava sozinha, para o vento, e dizia:
-Que dizes vento, quando passas por mim? vais denunciar-me? tu seguiste-me! tu sabes tudo! tu vento, que fazes rodopiar as folhas, das árvores, e porque fazes, esse barulho assim? eu sei vento! que não falas, para mim.
Entretanto levantou-se sacudiu as calças de ganga, sujas e rotas, nos joelhos, e seguiu de novo, o caminho.
Olhava a casa, e sorria.
-estou de volta!
Caminhou calmamente, a casa de pedra, estava cada vez, mais perto, escondeu-se de trás das árvores, para que não a vissem.
Saltou o muro olhou em redor.
-Não há ninguem! eh? rex? onde estará?, devia estar aqui! será que ja morreu? o que teria acontecido?
murmurou baixinho.
-rex? rex? rex?
deu quase, uma volta, á casa.
-estranho! tudo fechado! o rex, não esta! o que teria acontecido?
Parou em frente da porta, olhou para cima, deu mais uma volta, por ali.
-Tudo fechado!?desapareceram todos, que se teria passado, vou ate á povoação, talvez saibam alguma coisa.
Uma janela bate na parede, o que assusta a mulher.
- hum! que barulho foi este? tiros! da onde?
olha em redor, e depois para cima.
-Ah! uma janela aberta!é a janela do meu quarto, milary? sou eu milary? estas ai? sou eu, halym, estas a, ouvir-me? voltei!
ficou á espera que alguém aparecesse, durante algumas horas, em seguida bateu na porta principal.
-milary? sou eu! abre!
halym, dá mais uma volta, á casa, e finalmente, encontra uma escada.
-ah! optimo! vou tentar chegar á janela, meia aberta.
halym, colocou a escada, junto á parede, e subiu por ela.
-ham! a janela por dentro esta fechada, mas dá, para ver, através dos vidros, o meu quarto vazio? mas, porquê? vou descer, acho que ja sei! vou ao rio negro, perguntar se sabem o que se passa.
halym, desceu de novo, e foi ao povoado do rio negro, regressou cabisbaixa, pelo caminho, o vento rodopiava as folhas no chão, as árvores abanavam.
halym.
-uf! que frio, que vem do mar! eu sei que estamos no outono, mas este frio é um exagero, e agora, onde fico esta noite? tenho que partir a janela, para entrar no meu quarto.
halym falava alto, e ja perto da casa, o rex ladrou, e veio-o para junto dela.
-Rex! rex! tens o pelo todo sujo! por onde tens andado? estas gordinho, quem, teria tratado, de ti?
atras de si, um homem, sorria.
-halym? como estas?
rex, abanava o rabo, perante a presença do homem.
halym:
-quem é você? não me lembro de si?
o homem:
-o meu nome é marrakyn, sou o dono daquela casa, ali em frente.
halym:
-aquela casa ali? deve ser engano, aquela casa é da minha familia, á muitos anos!
o homem, abanou a cabeça, e retirou-se, o cão seguiu-o.
halym:
-hei! hei! estas a ouvir, espere? espere? marrakyn? marrakyn?
rex? rex? mas que vida!
marrakyn:
-não chore, mais, eles venderam tudo, e foram para a cidade.
halym:
-chorar? eeeuuuuu! posso, ver a casa?
marrakyn, abana a cabeça, como sinal afirmativo.
halym, segue em direcção á casa, marrakyn, chama-a.
-hei! hei! espere! a chave! esta a ouvir? tem que levar a chave! que mulher, chanfrada! é escusado, não me ouve! agora ficas ai, á minha espera!
marrakyn:
-não ouviu, eu chama-la? esta a ouvir? halym? esta a ouvir?
halym, olhava, para rex, que corria em direcção á praia, halym, segue, atras do cão, marrakyn, segura a chave da casa, na mão, olhando halym e rex.
marrakyn:
-hei? hei?, não, quer ver a casa? halym? mas que chatice! não param! continuam, será que vão ao banho? com o frio que está! duvido!
halym, e rex desapareceram por detrás, das dunas.
marrakym, vai atrás deles.
marrakym, ja não os vê, quando chega á praia, do lado de cima das dunas, alguem chama marrakym.
-marrakym, que fazes ai? tens o rex, á porta de casa a ladrar.
marrakym:
-ham? milary? mas que surpresa? e halym? onde se teria metido?
milary, desce a duna, e vai ate perto de marrakym.
-querido! ainda não disses-te que fazes aqui? ahhhhhhh! ja sei! vieste ver o por-do-sol? acho bem, é lindo, aqui na baía! mas hoje esta um pouco frio! muito frio, mesmo!
marrakym, abana a cabeça, e olha o mar.
halym, esperava á porta, da casa, quando surge marrakayn.
-halym, vem para casa, amanhã, trago-te aqui, anda! a tua irmã, chegou agora.
halym, olhou atentamente os olhos negros de marrakyn, o que o deixou incomodado.
marrakym:
-porque me olhas assim? não percebo?
halym:
-vai tu, que eu fico aqui!, da-me a chave!
marrakim:
-aqui? a casa esta vazia! não tens onde dormir, nem onde comer, e alem disso, a casa esta gelada!
marrakim, cede, e dá, a chave, a halym.
marrakym, depois de entregar a chave, vira as costas e abala.
halym, entra finalmente em casa.
halym:
-até que enfim! tantos anos depois, de facto, levaram tudo! só as paredes ficaram.
milary, interrompe.
-precisas de alguma coisa?
halym, abanou a cabeça, respondendo em seguida:
-não! podes ir.
milary, retira-se, e halym, continua, andando pela casa, rex, segui-a.
halym, espreitou todos os recantos da casa, rex farejava, umas vezes á sua frente, outras, atras de si, halym, chega perto, de uma janela.
-mas, que silencio? vou sentar-me neste banco de pedra, aqui perto da janela, a olhar esta paisagem que tantas vezes vi-a e nunca, dei importância! nenhuma! olha! o sol a esconder-se, ao fundo no mar, vou abrir a janela! para ver melhor, esta imagem magnifica, uf! que vento! frioooooooo! o vento hoje esta gelado!, as arvores abanam tanto, de um lado para o outro! o quintal la em baixo, esta cheio de folhas, antigamente, todos os dias, eram varridas! aiiiiiiiiiiiiii! rex! assustaste-me! bolas!
rex, abanava o rabo, e ladrava, para halym.
halym:
-que foi? rex?
rex, deitou-se, aos seus pés.
halym:
-sou tu, querido amigo! pode gostar de mim!
rex, abanou o rabo, e, em seguida, respirou fundo.

ana paula alberto caldeira 29/07/09


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Historias, num palácio, quinhentista



O palácio quinhentista, como era conhecido, estava de novo habitado, diziam na vila, da ponte romana, que o palácio, tinha novos donos, um general e uma artista, porque o mordomo, já, lá existia, quando o generalíssimo e a amiga, para lá, foram viver.
Diziam por ali, que estes novos inquilinos, faziam as delicias da vizinhança com festas famosas, e muita alegria.
Naquele dia, já era de manhã quando, lilaya, chegou ao palácio, subiu as escadarias de pedra, e já a porta, esta aberta, como que, esperando que ela .
Entrou, e seguiu, em direcção ao corredor.
Ao passar pela pequena sala, alguém exclama:
-lilaya!, lilaya! Eu sei que chegas-te, agora! posso saber, o que se passa?
A mulher sorriu, quais são as news, de hoje, general Mateus!
O homem, olha-a, com os pequenos óculos, quase ao fundo, do nariz.
-Namorado novo? as noticias, do jornal, é tudo velho!
Lilaya:
-sim! Não! Querido!, se eu tivesse, namorado novo, contava-lhe, vou tomar o pequeno almoço!
Beijando-o, na face.
-sai, cedo! fui, andar por ai, só!isso!
O homem, olha-a de novo:
-Esta bem, Olhe! diga ao gonçalo, para trazer o meu almoço, para aqui! Porque, já vou tendo, fome!
Lilaya, Sai da sala, entra noutro quarto, e passa para outro corredor, desce a escadaria, passa pelo hall, e desce, outra escadaria.
lilaya:
-mas, que faço aqui? Hum! ham! um criado novo? Coisa especial, Dois criados novos, há! Não!, um, é o gonçalo, e aquele! não sei? quem será! outro homem! para cá?
lilaya, volta de novo para cima, e passa na biblioteca, para folhear, os jornais, entretanto, larga-os, e volta para a sala, onde está mateus, que ja almoçava, com gonçalo.
lilaya, olha mateus, que olhava lilaya, com o talher nas mãos, olhando para ela.
lilaya, sorri, para mateus.
-querido , ponha o talher no prato, porque já sujou a camisa, alem da nódoa, tem tambem, uma folha de coentro, estampada na dobra, do bolso da camisa.
Mateus:
-ah! ah! ah! ah! Isto é nódoa? Ah!, eh!eh!, Mas a folha de coentro, não é! é a marca da camisa! é um trevo!
Gonçalo, ria-se:
Lilaya:
-o que, se esta a rir? moço?!
gonçalo, não responde, e Lilaya,sorri, e retira-se, para o seu quarto, e deita-se, algum tempo depois, batem, á porta.
lillaya:
-estranho, quem será? o gonçalo, zangado? aposto!
lilaya dirige-se á porta:
-sim! você?, é quem? não o conheço?
O rapaz:
-senhora! sou rafael! o novo motorista da senhora! Disse o mordomo gonçalo.
lilaya, olha atentamente, e ao pormenor, para rafael.
Lilaya murmura:
-Sim! Sim! Sim! Vi-te la em baixo, á pouco.
Lilaya, em seguida respondeu:
-ah! esta bem, rafael, podes ir, podes ir, se eu precisar de ti, chamou-te.
Rafael retirou-se, lilaya, observava-o, de costas.
Lilaya:
-parece-me, uma boa aposta, ideias do mateus e do gonçalo, é muito interessante, mesmo, muito interessante, de frente, e de costas.
Em seguida, deitou-se, de novo.
Gonçalo, mudava-se, de malas, para fora do palacio quinhentista, mateus, saia do quarto, segue o corredor, entra numa sala, desce umas escadas, segue outro corredor, passa um hall, e volta para outra sala, bate numa porta.
mateus:
-lilaya? lilaya?, sou eu, o mateus.
lilaya:
-ham! mateus? vou já!
lilaya, vai abrir a porta:
mateus:
-ham! ham! vá! vestir-ssssssssssse! estaaaaaaaaaa, todas nuaaaaaaaa!
lilaya, olha para baixo, e tapa-se com as mãos, mateus,saia e fecha a porta.
mateus:
-quando se vestir, diga!
lilaya:
-mas, que chatice, não encontro o robe, onde o teria metido!
do outro lado da porta, mateus, pergunta se já pode entrar.
lilaya, mete-se na cama, e tapa-se:
lilaya:
-mateus, já podes entrar!
mateus:
-lilaya, voltas-te para a cama, outra vez? querida amiga, vou dormir consigo, aqui ao lado, nesta cama.
lilaya, sorriu:
-esta, bem, esteja á vontade, e ja agora que esta de pé, procure o meu robe, roxo.
mateus, procurou o robe roxo, por toda a parte.
mateus:
-querida, lilaya, o seu quarto esta muito confuso, encontro de tudo, menos robes.
talvez aqui, nesta gaveta.
lilaya:
-ai, não encontra nada de certeza, porque esta vazia.
mateus:
-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! ja encontrei o robe, estava, caído aqui.
lilaya:
-obrigado, querido, ponha ai, se faz, favor, vai dormir vestido?
mateus ignorou, e deitou-se assim mesmo.
mateus:
- sabes que detesto dormir sozinho, por isso, vim para aqui.
mateus deitou-se, na cama ao lado, de lilaya, e passou, por ali a noite.
De manhã, lilaya levantou-se, enquanto mateus dormia, mateus entretanto acorda, e lilaya encontrava-se debruçada sobre uma cadeira, toda nua.
mateus, coça os olhos, uma, duas, e três vezes.
mateus:
-lilaya! lilllllllllaya! mas o que é isto, de rabo ao leu, vá já, vestir roupa, interior.
lilaya, vira-se de frente, para mateus:
-querido, pensei que dormia, ando á procura de! ahhhhhhhhhhhhhhh! estão ai, ao pé de si, ficaram ai, de ontem!
mateus, fica pálido, quando lilaya, chega perto dele, e retira qualquer coisa, perto da sua almofada, que veste, em seguida.
lilaya:
-pronto, querido, já está, agora, só falta, a parte de cima!
mateus, senta-se na cama, levanta a almofada.
-o resto! deixa ver! se calhar! é isto! não?
lilaya:
-Ahhhhhhhhhhhhhhh!, é!é! querido! adore-te! sabias?
mateus, abana a cabeça,em sinal afirmativo.
lilya e mateus, saem os dois, juntos, do quarto.
mateus:
-lilya, adorei dormir aqui, vou mudar, para aqui, o meu quarto!
lilaya e mateus, seguiram o corredor, lado a lado, desceram as escadarias de pedra, passaram o hall, e seguiram em direcção á sala grande.
Mateus:
-hoje, estamos só os dois, querida!
lilaya:
-mateus, é pena que gonçalo tenha ido embora! porque, eu este ano, estava a pensar ir passar o natal, a macau, ou talvez, hong kong! tive uns convites de uns amigos, mas sem o gonçalo, não o deixo aqui, sozinho!
mateus, olhou para lilaya:
-se, o gonçalo, não voltar, eu vou consigo.
Lilaya, olha mateus, e sorri.
naquele dia, lilaya, ficou por ali, a fazer companhia, a mateus.
rafael, procura lilaya:
-senhora lilaya, finalmente, encontrei-a, já entrei praticamente, nos quartos todos, e salas! andei perdido, o palácio, é tão grande.
Mateus:
-pois, olha! arranja carro, porque vou sair! com lilaya.
Rafael, olha para lilaya.
Nisto, entra gonçalo.
mateus:
-gonçalo? que lhe deu? já!
lilaya:
-querido! voltou, que bom! já posso ir, para Hong Kong!
gonçalo, sorriu, para mateus e lilaya, especialmente.
gonçalo:
-sim! podes ir, ver os teus amigos! que eu fico, por cá!
resolvi, antecipar a minha vinda,os meus familiares, estão todos bem, e depois volto quando for necessário, eles vão mudar-se, para aqui perto!
lilaya e mateus, sorriram, de alegria, para o gonçalo.
gonçalo:
-e tu, meu filho, fazes ai, o quê?
rafael, muito encolhido, responde:
-eu! eu! eu! eu, estava á espera de ordens!
gonçalo:
-ordens? ahhhhhhhhhhhhhhhh! siiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm! da senhora lilaya! pois é! esqueci-me! mas agora, ficas por nossa conta, porque a senhora lilaya, vai para hong kong, ja amanhã?
lilaya, olha gonçalo e mateus.
rafael, olha para todos.
lilaya:
-sim! sim! tenho tudo arrumado, é só partir!
lilaya retirou-se, gonçalo foi atrás dela.
gonçalo:
-lilaya! lilaya! lilya, espera! espera!
lilaya parou:
-diz, querido!
gonçalo:
-não fiques chateada, comigo, eu sei o quanto tu desejas, ir a hong kong, se precisares de ajuda, diz:
gonçalo, beijou em seguida, a amiga no rosto.
lilaya:
-obrigado, gonçalo, partirei, logo que possa!
beijando-o, também no rosto, gonçalo,sorria, com o beijo de lilaya.
gonçalo:
-pronto, já chega! divirta-se! se precisar de dinheiro! para a farra! diga!
Lilaya, no dia a seguir, embarcou para hong kong.
mateus e gonçalo, ficaram os dois no palácio quinhentista, rafael, despediu-se.
mateus:
-gonçalo, sabias que o rafael, se despediu?
gonçalo:
-sim! sei! o problema dele, era, a quantidade de salas, e corredores, que existiam no palácio, que nunca sabia, onde ficava o quarto dele! mas ficou com pena! deixou o nº de telefone, um dia destes, vem visitar-nos.
mateus e gonçalo, retiraram-se, para, a esplanada do palácio.
Lilaya, ja com alguns dias de estadia,em Hong Kong, recebe um telefonema da recepção.
Dois homens sobem de elevador até ao 18º piso, onde esta lilaya, saem do elevador, viram á esquerda, e seguem o corredor, até ao quarto 4657.
Param, e começam-se a rir, em frente á porta, batendo em seguida.
Lilaya, abre a porta:
-Oh!OH! mas que surpresa! como me encontraram?
Mateus:
-querida! começamos pelo hotel, mais caro, de hong kong! foi assim, que começamos! e! acertamos!
Gonçalo:
-querida! não nos mandas, entrar?
lilaya:
-hum! siiiimmmmmmmmmm! nãoooooooooooo! sim! claro!, pois! só um bocadinho, mas que surpresa, boa, vê-los! só um bocadinho! sim!
lilaya, prepara-se para fechar a porta, quando gonçalo, põe, o pé, e empurra a porta.
gonçalo:
-querida, viemos visita-la! hammmmmmmmmmmmmmmmmmm! mas que é, issssssstoooooooooooooo!
lilaya, olha para mateus, que olha, para o homem, que esta no quarto.
Gonçalo:
-você,é quem? todo nu! mas que interessante! você, é giro! muito giro!
mateus, espreitava, e sorria, por cima do ombro, do gonçalo.
o homem, tapa o que pode, com as mãos.
- e vocês, são quem? o que fazem aqui!
lilaya:
-elessssssssss! eleesssssssss! sãoooooooooooooo! ahhhhhhhhhhhhh! já! seiiiii! meussssssssss, irmãos! pois, é isso! não esperava a surpresa!
gonçalo e mateus, abanam a cabeça, respondendo os dois, em coro:
-sim! sim! pois! somos! é isso! mesmo!
gonçalo:
-mas, oh! desconhecido? porque tem as mãos, ai? nesse, sitio!
o homem, vira-lhe as costas, e foge para a casa de banho.
mateus:
-o teu amigo, querida, é feio!
lilaya:
-mas, o que vos trouxe aqui? afinal! porque não, avisaram?
gonçalo, aparece, entretanto.
-pronto, vamos embora, ja vimos os filme todo! querida estamos no hotel, kong hong! conhece?
mateus, começa a rir-se, perante a cara seria, de lilaya.
lilaya:
-ja percebi, que vão ficar aqui, na minha suite?
gonçalo e mateus, sorriram para ela.
mateus:
-podemos, mandar, subir as malas?
lilaya:
-podem! que eu, vou para a suite, de Eduardo.
gonçalo e mateus, encolheram os ombros.
gonçalo:
- não se zangue, querida! estamos no 10ºpiso, no quarto 2654.
lilaya, sorria, e falava com gonçalo, quando o homem, saiu, da casa de banho.
o homem:
-podem ficar, todos juntos, que eu estou de saída.
mateus:
-querido! olhe que vai despido? não sei, se apercebeu?!
o homem, tapa-se como pode, e sai, da suite.
Lilaya:
- joinhas, vou para o quarto, do eduardo!
gonçalo:
-quem é o eduardo?
mateus:
-este! que saiu agora, todo nú!
lilaya:
-não! joli! este é marcelo! o eduardo, é outro, é o dono do hotel, adieu!
gonçalo, começa-se a rir-se, e mateus tambem, respondendo, em seguida:
-adieu!

ana paula alberto caldeira 08/06/09

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PERDIDOS



Pela encosta da serra, dois homens, percorriam as veredas, pelo meio da vegetação, e do arvoredo.
um deles parou, e olhou em redor.
-jalim! estamos perdidos, acho que não é por aqui?
jalim:
-achas? vamos seguir os atalhos, calim? calim? onde estas? não te vejo!
calim:
-estou aqui! detras desta arvore! é tão larga, que nem me vias! jalim! tenho o pressentimento, que ja passamos aqui!
jalim:
-porque é que dizes isso!
calim:
-olha ali, a casca da laranja, que comemos juntos! hoje de manhã.
calim e jalim, olham ambos para o chão, mexendo com os dedos, nas cascas.
jalim:
-tens razão, são as cascas da nossa laranja, estamos feitos! andamos aqui, ás voltas, mas espera, agora descemos aquela vereda, talve consigamos, descer a serra, o que achas?
calim olhava o telemovel.
calim:
-o que acho? ja não sei, o que dizer! mas é melhor!
o meu telemovel, esta sem bateria! temos que sair daqui, vamos, segue!
olha! pelo sol, daqui a nada, já é noite!
calim e jalim, desceram a vereda.
jalim:
-calim? oiço barulhos!
calim:
-é o vento nas arvores, olha para ali!
jalim:
-sim agora ja sinto, aqui, ja não ha tanto arvoredo.
os dois amigos, continuaram a caminhada, serra abaixo.
calim:
-olha jalim, o sol ja vai baixo, e nos aqui, esta vereda nunca mais acaba, estou farto de descer, e nunca mais, chego lá abaixo.
jalim:
-por ali, se calhar é melhor, vamos exprimentar, vou espreitar, la para baixo.
calim parou e sentou-se no chão, enquanto jalim, afastava o arvoredo para espreitar.
jalim:
-calim esta ali uma casa, da parte de baixo, vamos ver se a vereda, dá para lá! assim podemos passar la a noite e comer qualquer coisa, e quem sabe, carregar o telemovel! e, quem sabe! hum!, encontrar o caminho, para casa?
calim:
-vamos então, comer! é ja pouco, mas dá, para mais um dia.
os dois amigos, sairam finalmente da serra, á sua frente, um enorme lago, e mais serras á volta.
calim:
-e agora? ja não vejo a casa de á pouco?
jalim, olhava á volta.
jalim:
-viste mal! não existe casa nenhuma, por aqui!
calim:
-olha! é ali, escondida, no meio do arvoredo!
jalim:
-pois é, temos que subir outra vez, se calhar havia caminho, para lá e passamos ao lado!
calim, olha para jalim, e encolhe os ombros.
calim:
-vamos, ate ali a cima, ate á casa, temos que passar a noite, em algum sitio.
jalim:
-sim, sim, vamos.
calim e jalim, subiram de novo a encosta da serra pela vereda, de onde tinham vindo, a meio, outra vereda, por de tras de um arbusto, que com as suas guias, tapara o acesso ao estreito caminho.
calim:
-olha é aqui! temos que cortar os arbustos, ou passar por baixo.
jalim:
-não cortes, passamos por baixo.
os dois amigos, caminharam, ate chegar á casa.
calim:
-jalim, a casa esta habitada? pelos menos parece!
calim:
-sim! pelo aspecto!, vamos dar uma volta!
jalim, bate numa porta.
-oh! da casa! há aqui gente? mora aqui alguem?
um homem surge, nas costas dos dois homens, com uma espingarda.
o homem:
-o que querem daqui? vagabundos? ou desaparecem, ou morrem ja aqui, os dois!
jalim e calim, olhavam espantados, para o homem, com aspecto rude, disposto a matar, se fosse preciso.
calim:
-homem! tenha calma! so estamos perdidos e precisamos de ajuda, mas! vamos embora, baixe isso!
o homem:
-caluda! vagabundos, tem todos a mesma conversa!
ja estive preso, varias vezes, e não me importo de voltar, ou desaparecem! ou morrem! fooooraaaaaaaaa! daqqqqqqqquuuuuuuuuiiiiiiii!
o homem dispara para ar, com a espingarda.
calim foge, jalim fica.
jalim:
-oiça lá! estamos perdidos, precisamos de ajuda! e você, quer matar-nos?
o homem, baixa a espingarda.
jalim, vira as costas.
calim:
-anda, jalim deixa, ele tem cara, de matar mesmo.
o homem:
-vagabundo! vão para o estabulo, ai ao lado, depois conversamos!
jalim:
-obrigado!
calim e jalim, entram no estabulo.
jalim:
-o tipo é maluco, logo vem cá, e mata-nos aqui!
vou fugir!
calim:
-tambem eu!
calim e jalim, preparavam-se para sair, quando surge uma mulher.
-forasteiros! onde vão! esta a fazer-se noite, e a serra tem muitos lobos.
calim e jalim, param, e olharam para tras.
calim:
-que diferença faz, ser morto com chumbos de caçadeira, ou ser comido por lobos?
jalim abanava a cabeça.
a mulher:
-calma! calma! o que vieram aqui fazer?
jalim:
-ja explica-mos, a um homem, que apareceu, que estamos perdidos, viemos fazer uma caminhada, pela serra e perdemo-nos, so queremos ir para casa, estamos hospedados, aqui perto, mas não conseguimos sair daqui! o telemovel ficou sem bateria, e pronto é assim!
a mulher:
-não aconselho a voltarem, para a serra, do uivo do lobo! está cheia de lobos, e, de noite chegam aqui, raspam nas portas, olhe ali! raspado das unhas deles! nas portas, e nas paredes!
além disso, daqui até á povoação mais proxima, ainda é bem, meia hora, hoje, ja é noite, e, é muito perigoso! se é para lá, que querem ir, para a cruz da igreja?
de qualquer modo, ja ficam a saber, fica ali em baixo, é só seguir a estrada, junto ao lago!
os dois homens abanaram a cabeça.
a mulher:
- esta ai esse estabulo, vazio, e limpo, pernoitem ai, ah! tem tomada de luz pode ligar o telemovel, e tranquem-se, por dentro, mas antes, eu, ou o meu pai, ja vos trazemos comer.
os dois amigos, recolheram para o estábulo, pouco tempo depois, a mulher levou-lhe algum comer.
a noite chegara entretanto.
jalim:
-calim, ja é bem noite, vou trancar a porta por dentro! ah! o teu telemovel, ja tem a bateria carregada!
calim:
-vou exprimentar se ja faz chamadas!
-não, nada, não tem rede! nada feito.
vou-me sentar aqui, até ter sono.
jalim:
- eu fico aqui! neste canto perto da mangedora!
realmente isto esta tudo limpo, sim senhor! se calhar nunca teve, cá, nenhum animal, pelo menos não ha vestigio de nada!
calim:
-ouves! um passaro a cantar?
jalim:
-é mocho, ou coruja! agora a seguir, deve ser, lobos a raspar na porta! com as unhas.
calim e jalim, passaram a noite acordados, quando nasceu o dia, calim abriu a porta, para espreitar, e, imediatamente, a fechou.
jalim:
-mas que bicho te mordeu?
calim muito assustado:
-uuuuuuummmmmmmmmmm! looooooooobooooooooo! aliiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
jalim:
-fecha bem a porta, tranca-a, bem! olha ! tiros! pareceu-me tiros, mataram o loboooooooooo?
vê, lá?
calim:
-eu? eu? eu? nemmmmmmmm, penseeeeeeeees!
jalim, abre a porta devagar, e la estavam dois lobos caidos no chão, rodeados de sangue.
a mulher ainda de espingarda, apontada, olhava-os.
a mulher:
-forasteiro! eu disse-lhe! que eles vinham!
jalim:
-pois! parece que sim! eu e o meu amigo, vamos andando, ate la abaixo.
a mulher abanou a cabeça.
-ja sabem! descem a vereda, e apanham a estrada que vem da outra serra, viram á esquerda, e seguem sempre em frente, ate avistarem a povoação, da cruz da igreja.
jalim, e calim, sorriram, olharam os lobos, agora mais de perto, passaram ao lado, e seguiram a vereda ate á estrada de terra batida.
calim:
-como, é que nós, quando aqui tivemos, não vimos esta estrada?
jalim:
-chamas a isto estrada? isto é um caminho, de terra batida, rodeado de silvas, arvores, e pedras.
calim:
-olha vê lá, se o telemovel, ja tem rede?
jalim:
-não, ainda não, deve ser por causa das serras!
olha! já se avista a cruz da igreja!
calim:
-a casa onde estivemos, já não se vê! agora só se avista a povoação, de onde viemos.
calim e jalim, chegaram á pousada do uivo do lobo, subiram as escadas, e foram para o quarto, calim deitou-se, na sua cama, e jalim na outra ao lado.
os dois homens adormeceram.
calim, que era sonambulo, levantou-se e foi para a cama de jalim, muito aflito.
-jalim! jalim, acode-me, estou a ser perseguido por lobos, jalim acode-me! aiiii! ja me morderam!
jalim acorda:
-calimmmmmm! pára com isso, estas em cima de mim! mas que coisa! saiiiiiiiii, daqui! ahhhhhh! ja sei, és sonambulo! não me lembrava!
calim acorda:
-hammmmmmmmm! que faço aqui! que aconteceu!jalim! o que aconteceu?
jalim:
-o que aconteceu? é que fugis-te dos lobos para a cima, de mim, e, da minha cama, porque estavas , a ser comido!
calim, sai finalmente de cima do amigo, e da cama dele.
calim:
-jalim, desculpa, foi um sonho aterrador, ja tinha ficado, sem uma perna! e só via lobos, á minha volta com os dentes, de fora.
jalim:
-esta bem! esta bem! ok! dispenso, o resto do sonho!

ana paula alberto caldeira 23/04/09


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OS MONGES E A ROSA


santa rosa del carmen, era uma cidade, que estava situada, numa planicie, longe de quase tudo.
esta a cidade, tinha o mesmo nome, de um mosteiro centenario, de monges da irmandade, santa rosa del carmen, a poucos km dali, o mosteiro, fora erguido, no tempo dos conquistadores, sendo depois abandonado, e mais tarde, voltou a ser habitado.
pelos monges de uma irmandade a, de santa rosa del carmen, devido ao facto, de naquele sitio existir uma pequena capela, com esse nome, que poderá ter sido erguida, pelos conquistadores.
os monges dedicavam-se a varias tarefas, entre elas medicina, enfermagem, cozinha, jardinagem, e gestão.
naquela manhã cinzenta, e chuvosa, um dos monges, medicos,caminhava pelos clautros mãos atras das costas, segurando um rosario.
outro monge acompanha-o, ao fim de algum tempo, interroga-o:
-irmão jose, porque andas as voltas ao claustro?
jose, parou e disse:
-estou a pensar! e a pedir orientação, para saber o que fazer, mas vou ja sair, preciso ir á cidade.
o outro monge:
-ah! eu tambem, preciso de ir ás compras!
jose, olha-o:
-esta bem! eu deixo-te no hospital, porque é para lá, que eu vou.
jose:
-que se passa irmão pedro? parece que queres dizer alguma coisa?
pedro:
-é! irmão jose, tenho estado a pensar, numa coisa, mas! não sei, qual vai ser a reacção, dos restantes irmãos!
jose:
-fale, irmão, o tempo passa a correr, e estão pessoas á minha espera, para as consultas! e o irmão sabe! o quanto detesto, fazer esperar, os que que precisam de mim!.
pedro:
-sim! irmão jose, eu sei! ou seja, todos nos sabemos, disso! vou ser rapido.
preciso de uma pessoa que me ajude nas lides da cozinha, estou velho, e torna-se dificil para mim, fazer tudo aquilo sozinho!
jose:
-ah! é isso! eu, e o irmão mateus, tratamos de resolver, esse assunto, e tudo, será. resolvido ainda hoje!
depois das compras, o irmão pedro, passe por aqui, pelo hospital, e de certeza que haverá ja uma solução, tudo se resolverá na paz de deus.
pedro:
-pronto! esta bem!
jose, põe a mão no bolso, das vestes de monge, e segura o rosario, rezando baixinho.
entra no hospital, e segue pelos corredores, para-se, em frente da imagem, da escultura da santa, e olha-a.
segue, novamente, pelo corredor, por fim pára, e tira a mão do bolso, á sua frente uma porta, a do director, bate, levemente, nessa mesma porta.
-mateus! irmão mateus, posso entrar?
de dentro da sala, alguem responde:
-sim! quem é?
jose entra, e la estava mateus, sentado no sofá, lendo um livro.
jose:
-desculpa vir-te interromper, mas tenho um assunto, para tratar contigo!
mateus:
-ah! diz, não interrompes, estava a ver a minha agenda, mas tenho tempo, e alem disso so tenho consultas daqui a duas horas!
jose:
-é sobre o irmão pedro! precisa de ajuda para a cozinha! disse-me á pouco que ja vai estando velho, para tanto serviço!
mateus:
-claro! e tem razão, temos é que ver, alguem que se disponha a trabalhar com ele, a solução passará por pessoal que trabalha aqui! o que achas?
jose:
-é a melhor solução! até porque, é pessoal conhecido!mateus, e jose olharam um para outro, abanando a cabeça, como sinal de acordo.
o monge jose saiu, e mateus, tambem, seguindo cada um, em diferentes direcções.
o monge pedro chega carregado de sacos, senta-se num banco, á sombra de uma arvore, perto da entrada do hospital, olhando em redor.
o monge:
-rosa del carmen? rosinha! oh rosinha!
a mulher virou-se:
-monge! irmão pedro! por aqui? que bom ve-lo! cheio de sacos? o que se passa?
o monge:
-rosa del carmen, fui ás compras, estou muito cansado, ja estou velho, para isto, estou sozinho na cozinha, precisava de ajuda! e tu podias ajudar-me? o que achas!
rosa:
-irmão pedro! posso levar-lhe as compras ate ao mosteiro! agora, trabalhar na cozinha com o irmão? quero dizer! por mim! tudo bem! mas!, pode contar comigo! ou seja, vou dar-lhe uma ajudinha, vou sim! ajuda-lo, na cozinha do mosteiro!
o monge:
-ahhhhhhhhh! rosinha, que bom, poder contar contigo, ate porque temos visitas para o jantar, chega hoje o irmão inacio, vem de italia, tem estado no vaticano, e quero presente-lo com um prato novo, tenho ca um ideia! de um cozinhado, que ele vai gostar! e muito! cais-te do céu, foi deus, e santa rosa del carmen, que te enviaram a mim.
rosa:
-esta bem irmão, então vamos!
o monge jose e o monge mateus, saem do hospital.
o monge jose:
-estranho! o irmão pedro não estar aqui!
o monge mateus:
-então irmão jose! o que espera?
o monge:
-espero o irmão pedro, que foi ás compras e ainda não apareceu?
mateus:
-ah, esta bem, eu vou andando, hoje chega o irmão inacio!
jose:
-pois, é! ja não me lembrava! vou ali dentro, dizer, se entretanto chegar o irmão pedro, para nos ligarem para o mosteiro, que um de nos, vem ca busca-lo.
mateus:
-sim, é uma boa ideia, a não ser que ele, tenha pedido a alguem para lhe levar os sacos, não me admirava nada, ja não é a primeira vez.
jose entra de novo no hospital, mateus espera por ele, á porta.
jose volta, pouco tempo depois.
jose:
-mateus! vamos! ja esta o assunto resolvido!
mateus:
-vamos! então.
os dois monges, chegaram ao mosteiro, e a primeira coisa, foi dirigirem-se á cozinha, ao entrarem.
o monge mateus:
-rooooooosinnnnhhhhhhhhhhha! aquiiiiiiiiiiiii!
irmaaaaaaaoo gonçalo, irmão bernardo, irmão antonio, irmão ernesto! irmão joão! irmão lucas!, irmão joaquim!
mas que vem a ser isto! ahhhhhhhhhhhhhhhhhh! é o irmão inaciiiiiiiiiiiiiiiiio, que chegou de roma!!!!!!!!!!
mas que alegriaaaaaaaaaaaaaaaaa! irmão jose!
jose abanou a cabeça.
os restantes monges, olharam mateus e jose, e sorriram, rosa retirou-se, sem que pedro e mais alguns monges se apercebem-se.
jose:
-irmaos? um pouco de atenção! atenção! vamos até á biblioteca, assim podemos, estar mais á vontade.
o monge ernesto, intervem.
-eu acho que o irmão tem razão! la estamos mais confortaveis, e, acho que o irmão joão, ja acendera o lume, na lareira?
o monge joão abana a cabeça, a confirmar, o que ernesto tinha dito.
depois das palavras de jose, todos os monges seguiram para a biblioteca, a convite dele.
inacio, relatava a sua viagem e estadia em roma, em, pormenor, mais sua estadia no vaticano, um dialago, entre irmãos, com muitas perguntas e tambem muitas respostas, pedro olha o relogio da biblioteca, e ergue-se.
pedro:
-irmãos, esta na hora do jantar! tenho que ir, porque se não, não jantamos.
inacio:
- eu ajudo-te, assim é mais depressa.
jose:
-eu tambem vou, não percebo nada de cozinha, mas! talvez, por a mesa, o que acha?, irmão pedro?
pedro:
-o que eu acho irmãos? tenho serviço para todos!
todos os monges seguiram atras de pedro, até á cozinha.
pedro:
-hammmmmmmmmmm! o que é isto? bendito seja deus e jesus cristo, santa rosa del carmen, fez milagre?
todos os monges, ficaram admirados, com o que viam, uma mesa posta, uma lareira acesa, e um cheiro a comer, de abrir o apetite.
pedro:
-massssssssssss, o que é isto! o que aconteceu aqui!
jose:
-cheira-me, ao mesmo do almoço la do hospital?
deixa ver? é! é! pois! ganso estufado com castanhas, so vou confirmar? pois! cá está! isto foi pessoal do hospital que trouxe!
inacio:
-mas! gansooooooooooooooooo! quantos gansos, foram hoje para o hospital para serem comidos?
mateus:
-foi a marquesa, que ofereceu, costuma fazer este tipo de oferendas, que alias, são sempre bem vindas!
inacio:
-aquela marquesa! que jesus cristo me perdoe! mas tem um disturbio qualquer no cerebo! deve ter ficado sem gansos?!
jose:
-vamos, comer, e esquecer, o, disturbio, da marquesa, irmão inacio!
inacio:
-temos que agradecer á marquesa, por isto!
jose:
-claro que sim, irmão inacio!
depois do jantar, jose e mateus, ainda foram ao solar da marquesa, enquanto caminhavam, conservavam, entre eles, ao chegarem, entram os portões estavam abertos, e dirigiram-se, para a entrada do solar, do, rosal rojo, batendo á porta.
um homem, vem abrir a porta:
o homem:
-monge? ou seja! monges, senhores monges, que devemos esta visita? que eu saiba! por aqui, não esta ninguem doente?
jose:
-boa noite! sr andrade! a senhora marquesa está?
andrade:
-a senhora marquesa? esta! sim! senhor!
mateus:
-a senhora marquesa, pode receber-nos?
andrade:
-julgo que sim!eu vou chama-la, por favor, vamos até ali, á sala! fiquem á vontade.
jose:
-mateus esta casa é tão antiga, como o mosteiro!
ja reparas-te nas cantarias? e os quadros?
mateus:
-sim, eu sei, olha ali o irmão monge filipe carmen, que ajudou a fundar o mosteiro! era da familia dela!
jose:
-pois era, a grande familia dos carmen, eu, nunca aqui, tinha estado!
mateus:
-e! eu! muito menos! acho, que quem conhece, bem esta casa, é o irmão pedro, e o irmão gonçalo, olha, ja ouço passos! deve ser ela!
a marquesa, chega á sala, cumprimentando os monges, indicando para se sentarem.
a marquesa:
-que devo esta visita?
os monges não responderam, olhavam a marquesa.
a marquesa:
-mas que aconteceu, aos meus amigos, monges?
jose:
-ahhhhhhhhhhhh! parece que vai sair, e nos viemos incomodar!
mateus:
-vimos, outro dia!
a marquesa:
-sim, vou á opera, com um amigo meu! mas ainda tenho tempo, para falar-mos um pouco.
mateus:
-eu vou direito ao assunto, recebemos, um jantar la no mosteiro, e o irmão pedro, supos que fosse a senhora marquesa, que teve uma atenção connosco, logo, eu e o irmão jose , viemos agradecer, assim que pudemos, e agradecer tambem, a oferenda dos gansos, que recebe-mos, la no hospital.
a marquesa:
-sim, fui eu fui! que mandei levar o jantar, e ja tenho alguem, em vista, para ajudar o irmão pedro na cozinha, essa pessoa trabalha aqui, mas, pode passar pelo mosteiro, uma hora, ou duas por dia, para ajudar o irmão pedro.
em relação aos gansos, é habito, meu, ofertar uns presentes destes, para fazer, as delicias dos doentes, e tambem dos monges, que os tratam, e claro, o restante pessoal! que não convem esquecer.
jose:
-bonito, bem lhe haja, marquesa del carmen, que santa rosa del carmen, esteve sempre! junto de si.
a marquesa:
-igualmente, tambem, para todos os irmãos monges, da irmandade, de santa casa rosa del carmen.
jose e mateus, retiraram-se, tendo a marquesa os acompanhado até á porta, em seguida sairam do solar, passaram para a rua e seguiram para o mosteiro, em silencio.
jose e mateus, chegam ao mosteiro.
mateus:
-jose! vou deitar-me!
jose:
-eu tambem, masssssssssss, parece-me luz, na biblioteca?
-pois é, se calhar esquecerem-se de apagar a luz?
vamos ver!
os dois monges, dirigiram-se para a biblioteca, la dentro, alguns monges, entre , pedro e gonçalo.
jose:
-ahhhhh! ja estão juntos? ainda bem! porque eu esqueci-me de comunicar ao irmão pedro, que tinha falado com o irmão gonçalo, para ficar por aqui, a ajudar, irmão pedro.
gonçalo:
-ja combinamos os detalhes, irmão jose! obrigado!
jose:
-ainda falta outra coisa, mas fica para amanhã! a marquesa disponibilizou uma cozinheira para aqui!
mateus intervem.
-eu falo com ela amanhã, canaliza-se a senhora para a cozinha do hospital, ficando, a trabalhar com o irmão jeronimo, penso que fica bem assim, o que acha irmão gestor?
o monge, não respondeu, estava a ler, e nem ouviu o outro monge.
mateus:
-irmão jesus? esta cá? irmão?
mateus dirigiu-se devagar, na direcção do monge jesus, tocando-lhe no ombro.
-irmão jesus?
jesus olha para mateus.
jesus:
-ahhhhhh! desculpa, estava distraido, o que se passa?
mateus:
-desculpa, não percebi, que lias a biblia! desculpa, falo contigo amanhã!
jesus, esta bem, falamo depois, se não for urgente?
mateus, abanou a cabeça que não, despedindo-se em seguida de todos os irmãos.
jose e mateus, caminharam ate á capela, onde ja se encontravam outros monges, e por ali, ficaram a rezar.

ana paula alberto caldeira 01/03/09


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LUZ, E A LUA


naquela noite, uma mulher caminhava, sozinha, pela beira da estrada, alguns bares, ainda se encontravam abertos, a mulher por alguns instantes, olhava o céu, alguem a observava, do lado de lá, da rua.
-Madja!
bradou o homem.
a mulher seguiu, e parou de novo, olhando o céu.
de novo o homem:
-madja! madja! eu sei que és tu! eu sei! que és tu! madja!
a mulher virou-se para tras, e la estava o homem, do lado de la, da rua, ficaram, parados a olhar,um para o outro, os dois sozinhos, naquele espaço, junto á estrada, madja, ajeitou, a longa encharpe mesclada, de cores, á cabeça e ao pescoço.
madja, segue na direcção dele:
madja:
-Rog! como estás?
rog, sorriu para madja:
-bem, e tu?, que fazes na noite, é tardissimo! para ti, ou voltas-te á noite.
rog, passou a mão pela cabeça de madja.
-ès linda madja, essa encharque , fica lindamente em ti.
madja, sorriu.
-Ah! rog, obrigado, vindo de ti, acredito, mas, amigo não voltei, para a noite, vim dar um passeio, estava a comtemplar a lua, é linda.
rog:
-pois é!, mas é um bocado tarde, para quem já não esta habituado, aos caminhos da noite?
madja, sorriu para rog.
-pois, tens razão, vou para casa.
rog:
-ainda, moras no mesmo sitio?
madja:
-sim, é a mesma casa.
rog.
-olha, vou andando, os bares esperam-me, aqui nesta rua, são todos meus, menos o da esquina?
madja, deu uma gargalhada:
-rog! rog! estas na mesma, o unico aqui na rua, que é teu, é o da esquina!
rog, deu tambem uma gargalhada:
-ham! estas bem informada!. muito bem! pedi os outros, no jogo!
madja, sorriu, deu um beijo em rog, e voltou para tras,tirou a encharpe da cabeça, e acendeu um cigarro.
rog, murmura:
-estranho, tirou a encharpe da cabeça, acendeu um cigarro, para onde irá?
o telefone de rog, toca.
rog:
-estou, quem, fala?
do lado, de lá, marko, muito nervoso , rog, por breves instantes, afastou o telemovel do ouvido, porque marko falava muito alto.
rog:
-por causa deste gajo, perdi a outra de vista! só eu para aturar gente parva, que culpa tenho eu, da mulher, ou sei lá, quem o ter deixado.
rog, olha em redor, nem sinais de madja.
rog:
-desapareceu, mesmo! sera que tenho o numero dela aqui no telemovel, deixa ver, maria, marisa, mariana, manuela, isidora, fernanda, gracinda, zelia, zulmira, francisca, jaira, amelia, fernanda, fortunata, não! não tenho, o numero dela, vou ligar para o marko.
-marko? não percebi muito bem, á pouco o teu telefonema, estava muito barulho!, a tua mulher deixou-te? foi isso?
do lado de lá marko, respondia tão alto, que rog, teve de novo que afastar o telemovel do ouvido.
rog:
-Ah! ok! a tua mulher deixou fugir o cão? foi isso?
do lado de lá marko, continuava a falar alto, e rog com o telemovel afastado do ouvido:
-Ah! sim, sim! o cão era o do policia! esta bem, depois falamos, com mais calma, vou desligar, a bateria estar a acabar.
rog, desligou o telemovel, em seguida.
rog:
-não percebi nada, logo tenho que falar com ele, vou andando ate á casa de madja, pode ser que a veja.
rog olhou o ceu, um novo dia surgiu, rog olha para o relogio:
-6,oo da manhã, vou para casa dormir, e o resto logo se vê?
rog, fora para casa, mas antes passou pela rua, onde madja disse que morava, rog olhou, bem a casa, o numero da porta, bradou:
-madja? estas ai? não tens tempo de ter adormecido!
ali perto, umas pedrinhas, e rog, atirou, a uma das janelas da casa.
atras de si, alguem tocava-lhe no ombro, rog, asssustou-.se, e deu um grito, alguem ria atras de si.
rog:
-malvada! malvadaaaaaaaaaa! és tu! maldita!
madja, ria, perdidamente!
madja:
-mas que homem? acordas tudo! sabes que horas são? vai para casa, que eu tambem, ah! eu não moro ai, querido!
rog, olha, madja.
rog:
-então, moras aonde, querida!
madja, pegou na mão de rog, e levou-o, com ela.
madja e rog, seguiram a rua, do castelo medieval, da cidade, do rio fontes.
a casa de madja, era mesmo ali, praticamente colada ás muralhas do antigo castelo.
madja e rog, entraram, rog comtemplava da janela, do salão, o rio fontes, dentro do salão, alguns sofas por ali, mesas e quadros, uns no chão, outros pendurados.
rog:
-madja? esta casa ainda pertence ao castelo? isto é o
quê? tantos quadros?
madja:
-senta-te! vou fazer um chá, precisas dormir! depois conversamos, eu ja venho, olha! daquela janela, ao fundo, podes ver o patio, do castelo!
madja retirou-se, rog, ficou pelo sofá, olhando em volta, fixou a olhar para a tela pintada a oleo, com varias fases da lua, começa a fechar os olhos, e adormece, algum tempo depois, madja, surge com o chá.
madja:
-adormeceu!, vou tapa-lo, bem! talvez, com! deixa ver! ah! ja sei! a minha encharpe! é isso!
madja, desenrola a encharpe do pescoço e cabeça, e tapa por completo rog, que dormia profundamente. retira alguns quadros da sala, inclusivé o das fases da lua.
madja:
-aposto que adormeceu a olhar para este, não é a primeira pessoa a adormecer, há algo de magico, neste quadro, a lua cheia, talvez, não sei, mas existe magia, nesta mistura de cores,e que dá este tom de luz.
madja, olhou outra vez rog, e, coloca o quadro no fundo da sala, junto a uma outra janela, e sai, por outra porta.
rog acorda, tapado com a encharpe.
rog:
-ham! onde estou? esta casa é o quê? não me lembro de nada! ou lembro? ahhhhhhhhhh! lembro, vim com a madja, é isso! e a proposito onde está? tambem estava ali um quadro? tambem não está! ou estou maluco, ou a delirar com febre, tenho que sair daqui, o que é isto? uma encharpe? ahhhhhhhhhhhh! ja sei a encharpe da madja! não deve estar longe?
rog ergue-se, e olha a enorme sala, varias janelas, á volta e portas.
rog:
-qual porta, saio? qual janela é a rua? vou expriementar, esta!ahhhhhhhhh! é! é!, tem uma sinalização! ufffffffffffffffffffffffff! que alivio!
rog, estava finalmente na rua, dali seguiu para a sua
casa.
rog:
enfim cheguei! ora! ora! as chaves! pois é isso! chaves, chaves, onde estão as chaves! ah! estão aqui! hammmmmmmm! mas estas, são as do carro? carrooooooooo! e onde esta, o meu carrrrrrrroooooooo! não posso crer, tenho que voltar para tras, para a casa de madja, e agora, qual das portas do castelo, é que ela mora, mas tem que ser!
rog voltou para tras, e la estava as varias portas do castelo, rog, olhava, e olhava, conçando a cabeça.
rog:
-acho que é esta! vou bater á porta.
um homem chega á janela:
-o que foi? não se pode dormir!
rog, olha muito espantado, e o homem, tambem.
o homem:
-rog maltez! por aquiiiiiiii?
rog:
-olha lá! é ai que mora a madja!
rog mete a mão no bolso, e o homem fecha imediatamente, a janela.
rog:
-que foi, parece que se assustou! sou assim tão feio, caramba! olha! afinal tambem me falta a pistola! mas que desgraça!
rog, volta para tras, e cruza-se com madja:
madja:
-rog! venho ver de ti!, deixas-te, umas chaves, la em casa?
rog, olha madja, e a nova encharpe.
rog:
-ahhhhhhhh! as minhas chaves! pois! e se calhar mais alguma coisa? olha! essa encharpe è mais bonita que a outra, só não percebo porque a enrolas á cabeça?
madja, sorri, e rog vasculha de novo os bolsos do casaco e das calças.
madja põe o braço por cima dos ombros de rog.
madja:
-anda rog, as tuas chaves, estão la em casa.
rog:
-mas ainda me falta outra coisa!
madja, puxou rog e quase o arrastou com ela.
rog e madja, foram para a casa de madja, madja entregou as chaves a rog, entretanto, rog encontra o telefone, num dos bolsos do casaco, e atende.
rog:
-sim! marko, diz!
marco:
-patrão, guardei o seu carro, e a pistola!
rog, olhava madja, que olhava rog:
rog:
-ahhhhhhhhh! esta bem! a tua mulher bateu-te e precisas de ajuda? é isso?, ok amigo, eu vou ja para ai!
marko:
-não! tenho a sua pistola,e guardei o seu carro,senão o reboque da policia, levava-o!
rog:
-tem calma, a tua mulher não te bate mais que eu não deixo, eu vou ja para ai!
rog:
-madja, vou ter que sair, o marko, precisa de mim,coitado,juntou-se com uma maluca que lhe faz a vida negra.
madja:
-mas quem é esse marko?
rog:
-ahhhhhhhhhhhhh! não conheces, esta aqui na cidade á pouco tempo, não conhece nada, é um infeliz, ate a mulher lhe bate, vê, só!
rog, vai então, á procura de marko, encontra o velho amigo de há muitos anos:
rog:
-então, para onde levas-te o meu carro? e como é que, o levas-te, se eu, é que tenho a chave?
marko:
-ohhhhhhhhhhhhh! rog, as vezes tambem parece que és parvo! como é que havia de ser! alias, teve que ser, senão a policia rebocava-o, com a pistola la dentro.
rog:
-psiuuuuuuuuu, fala baixo! aonde puses-te o carro?
marko:
-ooooooooo! carrrrrrro! á sua porta! aonde é que o havia de por?
rog:
-ok! e a pistola?
marko:
-aaaaaaaaaaa! pistola, está aqui! no meu bolso!
rog:
-esta bem, vem comigo ate ali, e das-me isso!
marko e rog seguiram juntos, pelas ruas do castelo medieval, ao fundo da rua, estava o carro, estancionado, á porta de rog.
rog:
-ok! mas para a proxima, só mexes no meu carro, com a minha chave, esta bem!
marko, abanou a cabeça, em sinal de confirmação.
rog e marko subiram para a casa deste, perto da janela, rog olhava o rio fontes.
rog:
marko, ja vem ai a noite, sabes o que eu acho! a luz da lua, deu-me azar, nunca na vida, me tinha sucedido, isto!
marko:
-a luz da lua, não faz esse efeito, o patrão ficou assim, porque viu a madja, ficou aluado, foi isso,o que aconteceu, aluado!
rog:
-Naoaaaoooooooooooo! achas! , foi a emoção de ver madja, isso, sim!, ao fim destes anos todos.
marko:
-patrão, a madja, é como a lua, esta la no alto, e não pertence a ninguem, ja devia de ter percebido isso!não acha!
rog:
-não! não acho! e, chega! vamos embora!
marko e rog, seguiram os dois, pela rua do castelo mediveal, em direcção á estrada dos bares.

ana paula alberto caldeira 04/02/09


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